VACINAS RECOMENDADAS PARA CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS
VACINA BCG
A Vacina BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) é indicada para proteger o indivíduo das complicações e formas graves da tuberculose causada pelo Mycobacterium tuberculosis (a disseminada miliar e a meningite). Esta vacina é composta por bactéria viva atenuada e a via de administração é a intradérmica. O esquema de vacinação recomendado é dose única, ao nascer.
VACINA CONTRA HAEMOPHILUS INFLUENZA E DO TIPO B
Trata-se de uma vacina que confere imunidade a várias doenças causadas pela bactéria Haemophilus influenzae do tipo B (HiB), que acomete principalmente crianças menores de 5 anos de idade. As enfermidades mais graves provocadas por essa bactéria são: pneumonia, infecções de vias aéreas superiores como epiglotite, sinusite e otite, infecção generalizada na corrente sanguínea e meningite. A vacina é inativada, composta por moléculas (oligossacarídeos) da cápsula da bactéria HiB conjugadas a uma proteína, e de administração intramuscular. É recomendado o esquema básico com três doses aos 2, 4 e 6 meses de vida. Ela está presente na vacina Pentavalente no Sistema Único de Saúde (SUS), Hexavalente e Pentavalente inativada (na rede privada).
VACINA CONTRA HEPATITE B
A Vacina contra Hepatite B previne contra a inflamação no fígado, a hepatite, causada pelo vírus B. É uma vacina inativada produzida por engenharia genética composta pelo antígeno recombinante de superfície do vírus B purificado e é administrada por via intramuscular. O Programa Nacional de Imunizações (PNI), visando proteger da transmissão vertical (infecção da mãe para feto), recomenda atualmente quatro doses: ao nascer, 2, 4 e 6 meses de idade. Ela é encontrada na forma isolada e nas vacinas Pentavalente (no SUS), Hexavalente e vacina Hepatite A/B (na rede privada).
VACINA CONTRA DIFTERIA, TÉTANO E COQUELUCHE
A vacina também conhecida como DTP ou tríplice bacteriana protege contra doenças causadas por bactérias que causam a difteria, o tétano e a coqueluche. A difteria é uma doença causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae que leva à infecção aguda da faringe e pode complicar com quadro cardíaco e neurológico se houver a liberação da toxina diftérica. O tétano é causado pela bactéria Clostridium tetani que se reproduz na ausência de oxigênio e produz uma toxina que pode gerar o tétano neonatal, na contaminação do coto umbilical do recém-nascido, e complicações graves e morte por feridas contaminadas. A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é causada pela Bordetella pertussis, que gera um quadro prolongado de tosse em três estágios: fase catarral, fase de tosse seca e fase de convalescência. É potencialmente grave em crianças menores de seis meses não vacinadas. A DPT é uma vacina inativada, composta pelos toxoides purificados da difteria e do tétano e pela suspensão inativada de Bordetella pertussis. Ela é administrada por via intramuscular e é indicada para a vacinação de crianças menores de 7 anos de idade, tendo como recomendação o esquema básico de três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, e duas doses de reforço, com 15 meses e 4 anos de idade. Ela está presente na vacina Pentavalente (no SUS) com o componente pertussis celular; e com a versão acelular nas vacinas DPTa (presente nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais – CRIE – do SUS), Hexavalente e Pentavalente inativada (na rede privada).
VACINA CONTRA POLIOMIELITE
A vacina protege contra a poliomielite, uma doença com alta transmissibilidade que causa a paralisia infantil. Existem duas vacinas: a vacina inativada poliomielite (VIP), produzida com os sorotipos do poliovírus inativado 1, 2 e 3, de administração intramuscular e a vacina oral poliomielite (VOP), uma vacina bivalente composta pelos sorotipos do vírus 1 e 3 vivos atenuados, por via oral. O Programa Nacional de Imunizações recomenda a vacinação do esquema básico com três doses da VIP, aos 2, 4 e 6 meses de idade, e dois reforços com a VOP, aos 15 meses e 4 anos de idade. A VIP é disponibilizada isoladamente no SUS e está presente na Hexavalente e Pentavalente inativada (na rede privada).
VACINA CONTRA MENINGOCOCO C
A vacina está indicada para a prevenção da doença sistêmica causada pela Neisseria meningitidis do sorogrupo C, como infecção generalizada na corrente sanguínea, meningite e meningococcemia. É uma vacina inativada composta por moléculas purificadas (polissacarídeos) da cápsula da Neisseria meningitidis do sorogrupo C conjugadas a uma proteína e é de administração intramuscular. O Programa Nacional de Imunizações recomenda duas doses do esquema básico, aos 3 e 5 meses de idade, e uma dose de reforço aos 12 meses. Ela está disponível no SUS e na vacina meningocócica conjugada ACWY (na rede privada).
VACINA PNEUMOCÓCICA
Está indicada para prevenir contra infecções invasivas (sepse, meningite e bacteremia) e infecções do trato respiratório como otite, sinusite e pneumonia causadas pelo Streptococcus pneumoniae (também conhecido como pneumococo). A vacina é inativada e composta por moléculas (polissacarídeo) da cápsula de sorotipos do pneumococo, conjugadas a uma proteína e a via de administração é intramuscular. O Programa Nacional de Imunizações recomenda duas doses no esquema básico, aos 2 e 4 meses, e uma dose de reforço, aos 12 meses de idade. Existem duas vacinas, a Vacina Pneumocócica conjugada 10 valente (no SUS) e a Vacina Pneumocócica conjugada 13 valente (na rede privada).
VACINA CONTRA ROTAVÍRUS
A vacina protege contra doença diarreica aguda causada pelo rotavírus e dos quadros graves de diarreia em lactentes e crianças menores de cinco anos por esse agente. A vacina é de administração oral e composta por vírus vivo atenuado. O Programa Nacional de Imunizações recomenda duas doses com 2 e 4 meses de idade. Existem duas vacinas, a vacina oral monovalente (disponibilizada no SUS) e a oral pentavalente (na rede privada, e o esquema é de três doses, aos 2, 4 e 6 meses).
VACINA CONTRA SARAMPO-CAXUMBA-RUBÉOLA
A Vacina contra Sarampo-Caxumba-Rubéola (SCR), também conhecida como tríplice viral, protege contra doenças por três vírus de alta transmissibilidade. O sarampo é uma doença febril aguda que causa lesões na pele e pode gerar complicações como pneumonia, encefalite e morte. A caxumba é uma doença que causa febre e inchaço doloroso das glândulas salivares e pode complicar com acometimento do testículo e meningite viral. A rubéola é uma doença que causa febre baixa, inchaço de gânglios atrás do pescoço e orelha e lesões de pele. Na grávida, a doença pode afetar o feto e gerar aborto ou malformação chamada síndrome da rubéola congênita (podendo levar ao acometimento auditivo, visual, neurológico e cardíaco do feto). A vacina SCR é de vírus vivo atenuado e de administração subcutânea. São recomendadas duas doses, aos 12 e 15 meses de idade. Ela é disponível como vacina SCR (primeira dose) e compõe a vacina tetraviral (segunda dose) ambas no SUS, além de encontrar a vacina quádrupla viral (na rede privada).
VACINA CONTRA VARICELA
Protege contra a varicela, também conhecida como catapora, causada pelo vírus da varicela-zoster. É altamente transmissível, caracterizada por lesões com coceira pelo corpo, comum na faixa etária infantil e pode apresentar quadro mais intenso no adulto. A vacina é de vírus vivo atenuado e a via de administração é subcutânea. O Programa Nacional de Imunizações recomenda duas doses, a primeira aos 15 meses e a segunda com 4 anos de idade. Ela é disponível na forma isolada e em conjunto com a SCR, chamada de tetraviral (no SUS) e quádrupla viral (na rede privada).
VACINA CONTRA HEPATITE A
A Vacina contra Hepatite A está indicada para a prevenção da hepatite, uma inflamação no fígado causada pelo vírus A. É uma vacina inativada contendo o antígeno do vírus da hepatite A e é de administração intramuscular. O Programa Nacional de Imunizações recomenda uma dose aos 15 meses de idade. Ela é encontrada na forma isolada (no SUS). Na rede privada, com indicação de duas doses num intervalo de 6 meses entre elas, encontra-se disponível na forma isolada e na vacina Hepatite A/B.
O Observatório das vacinas estuda as vacinas de rotina indicadas para crianças menores de dois anos de idade (exceto a da gripe e a da febre amarela), considerando as recomendações do Calendário Nacional de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
OUTRAS FONTES DE INFORMAÇÕES CONFIÁVEIS SOBRE VACINAÇÃO:
- Ministério da Saúde do Brasil
- https://saude.gov.br/
- Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo
- http://www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica-prof.-alexandre-vranjac/
- Sociedade Brasileira de Imunizações
- https://sbim.org.br/
- Organização Pan-Americana de Saúde
- https://www.paho.org/bra/
- Organização Mundial da Saúde
- https://www.who.int/